A qualquer momento em que se ligue a TV, lá está o assunto sendo abordado: as manifestações que hoje não estão só em todo o Brasil, como também em diversos países. Se pararmos para pensar, foi tudo tão rápido que é difícil lembrar como começou.
Para refrescar suas mentes, as passeatas tiveram início em São Paulo, se não me falha a minha memória de velho, e a razão era o aumento de passagem no transporte público. Um monte de gente, mais do que o esperado, foram as ruas atrás do direito de passageiro.
E então, ninguém sabe como, a razão de irem às ruas, mudou.
Milhares e milhares de pessoas foram as ruas, gritando, suportando o frio ou o calor e sei lá o que com um objetivo: mudar o Brasil. Aproveitaram da iniciativa dos que queriam redução na passagem, e aí se começou o maior protesto já acontecido no país: a luta por uma "direção" melhor.
Foi como um incêndio: só precisou de uma faísca e logo se espalhou pelo mundo todo. De enormes países até as mais humildes cidades. Todos queriam justiça, ordem e progresso.
As autoridades ficaram pasmas, todo mundo ficou. "Uau, finalmente o Brasil irá mudar!". Houve vandalismo, sim, mas acredito que foi de certa forma útil para todos.
E então... surgiu a tal da "cura gay".
Mais pessoas foram as ruas, mas com outro propósito: acabar com o Feliciano.
De repente, tudo se tornou um caos completo. As passeatas, marchas ou Jogos Vorazes (chame como quiser), agora tinham desejos variados. Um grupo queria melhor educação, outro queria que abaixassem a tarifa, tinha um que queria poder ser feliz com seu companheiro do mesmo sexo, alguns queriam que acabassem com a copa no Brasil. Era bem difícil saber o que se podia fazer.
Abaixaram o preço do ônibus.
Agora, quem começou com protestos, não estão mais participando dos mesmos. Daqui a pouco, todo mundo vai começar a brigar entre si, o que dá aos governadores a chance de só assistir tudo esperando que acabe sozinho.
E eu penso: até onde vão esses protestos? Até a mudança acontecer? Pera, qual mudança? São tantas que até me confundo.
Talvez o Brasil ainda não tenha acordado: só esteja sonâmbulo.
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